sexta-feira, 1 de maio de 2009

Performance status


As escalas de Performance Status (PS) de Karnofsky e Zubrod fazem parte de uma série de critérios utilizados por médicos e pesquisadores para aferir progressão de doença, como a doença afeta as atividades diárias dos pacientes,  ou seja, sua capacidade funcional, e determinar o tratamento e o prognóstico mais apropriados.
Estas escalas foram descritas na metade do século XX, como uma maneira de predizer a sobrevida de um paciente. A de Karnofsky foi publicada em 1948 e a de Zubrod em 1960. A última também pode ser conhecida como escala de PS da OMS (Organização Mundial da Saúde) ou do ECOG (European Cooperative Oncology Group).
Apesar de alguns problemas de reprodutibilidade inter-observador, as escalas ainda mostram boa correlação com a sobrevida em diversos estudos e, portanto, são demonstradas abaixo. O seu uso principal tem sido na especialidade oncológica.

Escala de Performance Status (capacidade funcional) de Karnofsky

100: Normal, sem queixas, sem evidência de doença
90: Capaz de manter sua atividade normal, com sinais ou sintomas menores da doença
80: Atividade normal com algum esforço, com alguns sinais ou sintomas da doença
70: Autocuidado preservado, porém incapaz de manter sua atividade diária normal ou se manter em trabalho ativamente
60: Requer alguma assistência, mas, na maior parte das vezes, é capaz de se responsabilizar pela maior parte de suas necessidades
50: Requer assistência considerável e freqüente cuidado médico
40: Incapaz, necessitando de atenção, cuidado e assistência especiais
30: Gravemente incapaz, hospitalização é indicada, apesar da morte não ser iminente
20: Hospitalização é necessária, muito doente, tratamento de suporte ativo é necessário
10: Moribundo, processo fatal progride rapidamente
0: Morte

Escala de Performance status de Zubrod (ECOG, OMS)

PS 0: Totalmente ativo; sem restrições funcionais
PS 1: Atividade física estenuante é restrita; deambula sem qualquer dificuldade e é capaz de realizar trabalho leve;
PS 2: Capaz de se auto-cuidar, porém incapaz de qualquer atividade laboral. Capaz de manter-se em pé mais do que 50% do tempo de vigília.
PS 3: Capacidade limitada de auto-cuidados; confinado à cama ou à cadeira mais de 50% do tempo de vigília;
PS 4: Completamente incapaz, não consegue se auto-cuidar, totalmente confinado à cama ou à cadeira.
PS 5: Morte

Tradução livre da escala original de: Oken, M.M., Creech, R.H., Tormey, D.C., Horton, J., Davis, T.E., McFadden, E.T., Carbone, P.P.: Toxicity And Response Criteria Of The Eastern Cooperative Oncology Group. Am J Clin Oncol 5:649-655, 1982.