domingo, 31 de julho de 2011

Cefaléia em salvas - tratamento agudo e profilático

Publicada na Headache deste ano, esta revisão aborda as evidências mais recentes sobre tal intensa cefaléia, que tem sintomas trigêmino autonômicos, em suas formas episódica (com ataques circanuais) e crônica. Fala sobre os triptanos e o oxigênio inalatório como tratamento padrão da fase aguda e da predominância dos bloqueadores de canal de cálcio (especialmente o verapamil) no tratamento profilático. Versa ainda sobre o uso de anticonvulsivantes (topiramato, acido valproico e gabapentina) e lítio para este propósito.
A terapia de transição da crise aguda com corticoesteróides também é abordada.
Em resumo, é um artigo muito interessante, recente e completo sobre o assunto. Também um must-read para neurologistas.




Hemorragia lobar e angiopatia amilóide cerebral - critérios de Boston e achados de imagem

A angiopatia amilóide cerebral é uma causa de hemorragia lobar em indivíduos idosos geralmente pouco reconhecida na prática clínica. Acontece devido a deposição de proteína beta-amilóide nos vasos corticais, subcorticais ou leptomeníngeos. O diagnóstico in vivo ainda é uma grande desafio. Para aumentar o conhecimento sobre o assunto, sugiro a leitura de dois artigos: o primeiro, da Radiographics, sobre o diagnóstico por imagem, e o segundo, da Neurological sciences, com aspectos clínicos e de fisiopatologia.



Critérios de Boston para Angiopatia amilóide cerebral (AAC)

Diretrizes de manejo da hemorragia subaracnóidea aneurismática (HSA) - Stroke / American Heart association

Leitura obrigatória para todos os neurologistas e neurocirurgiões. Reúne as evidências sobre o uso de tratamento cirúrgico e endovascular, a prevenção e tratamento do vasoespasmo, detecção e tratamento de hidrocefalia, crises convulsivas, hiponatremia, e o papel das novas terapias propostas ate o momento, como o uso de sulfato de magnésio, antagonistas de endotelina, estatinas, hipotermia, corticoesteróides, antifibrinolíticos e, até mesmo, trombolíticos intratecais.





segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tratamentos atuais das polineuropatias desmielinizantes imuno-mediadas

Segue artigo relativamente recente (maio de 2009), feito na Universidade de Columbia (Nova York), e publicado no periódico Muscle e Nerve, sobre as evidências científicas atuais sobre o tratamento das principais polineuropatias desmielinizantes auto-imunes, quais sejam, polirradiculopatia inflamatória desmielinizante crônica (PIDC), neuropatia associada ao anticorpo anti-glicoproteína associada a mielina (anti-MAG) e neuropatia motora multifocal (NMM). O artigo fala sobre o uso de corticoesteróides, imunoglobulina, plasmaférese, ciclosporina, ciclofosfamida, fludarabina, transplante de células tronco hematopoéticas, azatioprina, micofenolato mofetil, etanercept, rituximab e alemtuzumab, chamando atenção ao nível de evidência para indicação de cada tratamento, até então.



Neuroimagem em cirurgia de epilepsia


Posto interessante artigo do departamento de Neurologia Clínica e Experimental do Queen Square, University College London, sobre a utilidade das técnicas de neuroimagem, incluindo Ressonância Nuclear Magnética (1,5 e 3T), SPECT (ictal, interictal e SISCOM), FDG-PET, EEG-fMRI acoplados, Magnetoencefalografia, tratografia por RNM, sob o ponto de vista da localização do "foco" epiléptico ressecável nas epilepsias focais e do mapeamento das áreas cerebrais eloqüentes, com o objetivo de minimizar a invasividade na avaliação pré-operatória, quando se pretende fazer ressecções o mais amplas possíveis, porém o menos lesivas do ponto de vista da possibilidade de deixar seqüelas/déficits neurológicos pós-operatórios.

Artéria de Percheron: variação anatômica das artérias talamoperfurantes

Segue interessante artigo sobre padrões clinico-radiológicos de infartos do território da artéria de Percheron, uma variante anatômica das artérias paramedianas talâmicas, em que uma artéria única dominante talamoperfurante supre a porção medial bilateral dos tálamos, com contribuição variável do mesencéfalo rostral. Tem origem, geralmente na porção P1 da artéria cerebral posterior, próxima ao topo da A. basilar.



Artéria recorrente de Heubner

A seguinte carta trata de tema interessante, que deve ser de conhecimento de todo neurologista: a área de suprimento arterial da A. recorrente de Heubner, ramo da artéria cerebral anterior, no seu segmento A1.
A A. de Heubner é responsável pela vascularização da cabeça do caudado, porção anterior do putamen, segmento externo do globo pálido, perna anterior da cápsula interna, porção medial da área orbitofrontal e núcleo accumbens.

Segue a referência:


sábado, 2 de julho de 2011

Sindrome das pernas inquietas - revisão

Sugiro a leitura deste interessante artigo, publicado em 2005, que revisa diagnostico diferencial e tratamento da síndrome das pernas inquietas, sob a ótica da experiencia da Cleveland Clinic. É um bom caminho introdutório para esta doença pouco diagnosticada e lembrada, mesmo por neurologistas. O paper fala sobre sobre as condições clínicas associadas, e sobre os tratamentos correntes, como a reposição de ferro (com as evidências prévias de deficiência de ferro na substância negra), os agonistas dopaminérginos, a levodopa e os inibidores de sua lise periférica, benzodiazepínicos e anticonvulsivantes.